sexta-feira, 24 de março de 2017

Sequilhos Que Derretem Na Boca


Dia desses, me deu uma vontade louca de comer algo doce, a ponto de dar tremedeira. Talvez por conta dos remédios que estou tomando, não sei, mas a vontade era tanta que pensei em algo fácil, rápido, sem glúten nem lactose e que fosse realmente gostoso. Lembrei desses sequilhos que “muito antigamente” eu morria de vontade de comer, mas a Maizena original ainda não era encontrada tão facilmente em terras nipônicas. E as genéricas eram tão péssimas que o resultado era desanimador.
Se for fazer, use Maizena mesmo!
A receita original recomenda não usar margarina, mas como eu queria presentear alguém que não come manteiga, fiz com margarina mesmo!

Rendimento: cerca de 80 sequilhos de 5 gramas
Ingredientes:

200 g de amido de milho (usei Maizena)
100 g de manteiga (usei Margarina Qualy Cremosa)
2 gemas pequenas
½ xícara (de chá) de açúcar (xícara-medida de 240 ml)

Modo de Preparo:

1. Coloque metade do amido de milho em uma tigela.
2. Acrescente o açúcar, a margarina, as gemas e misture.
3. Vá dando o ponto com o restante do amido de milho até ficar uma massa homogênea e que solte das mãos.
4. Depois vá pegando pequenas porções de massa e formando bolinhas.
5. Coloque em uma assadeira forrada com tapete de teflon (como eu faço) ou papel manteiga.
6. Marque as bolinhas, apertando-as com um garfo.
7. Leve para assar por uns 10 minutos, a 180°C. (usei o forno elétrico)
8. Deixe esfriar bem e retire da assadeira. (se tirar morno, vai quebrar)
 
Depois de frio guarde em um pote com tampa.

Dicas:
1. Talvez a quantidade de amido de milho varie um pouco (para mais ou para menos), dependendo do tamanho das gemas.
2. Deixe os biscoitos branquinhos, então tire do forno quando começar a dourar na parte debaixo dos biscoitos.
3. Se o dia estiver quente, trabalhe com a massa na tigela dentro de uma bacia (ou forma) com gelo para a massa não ficar mole ao enrolar.
4. Recomendo fortemente o uso de "tapete de teflon" que são folhas antiaderentes que podem ser usadas centenas de vezes. Uso a de cor prata, fabricada pela Indaco aqui no Brasile podendo ser adquirida na Loja Santo Antonio  (Folha Dacosilver Antiaderente Prata) ou a de cor bege fabricada e vendida no Japão, comprei na Rakuten.
As duas são excelentes, uso a prata para assar macarons e a bege para todo o resto (esfilhas, biscoitos, pãezinhos etc, etc).


A receita, adaptei de uma que vi no blog Aqui na Cozinha 


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Anpan - Pão Recheado com Doce de Feijão Azuki


Pãozinho old fashioned!
Hoje, meu pai estaria completando 95 anos.
Pensando nele, na saudade que sua partida precoce ainda provoca, mesmo depois de 30 anos, resolvi preparar algum doce que ele realmente gostava de comer e de fazer.
Lá pelos anos 50, meus pais tinham uma fábrica de doces em Presidente Venceslau e o carro-chefe era justamente um pãozinho recheado com doce de feijão azuki chamado Anpan.
Foi inventado por um ex-samurai chamado Yasubei Kimura por volta de 1874. A padaria dele, chamada Kimuraya, existe até hoje em Ginza, Tokyo.
Atualmente há uma infinidade de recheios, mas os tradicionais de doce de feijão azuki são os mais amados.
Fiz com tsubuan que vem a ser o doce de feijão não peneirado ou batido, mas apenas amassados na panela, para manter os pedacinhos do feijão.
Minha mãe disse de utilizava farinha argentina pois as nacionais eram (continuam sendo!) bem ruinzinhas. Eu fiz com a que uso normalmente para fazer pães (Renata) e ficaram bem boas, macias e nostálgicas.
Não utilizei a receita dos meus pais e sim a da chef pâtissier Saiko Izawa, com os meus pitacos.

Recheio (anko tsubuan)

Ingredientes

  • 200 g: de azuki
  • 200 g: de açúcar (fiz com 300 g)
  • 1 pitada: de sal

Preparo

1. Separe os grãos de feijão, lave bem e deixe de molho na água por uma noite.  Troque a água algumas vezes.
2. Cozinhe por 10 minutos depois que começar a chiar, em uma panela de pressão  com o dobro de volume de água em relação ao azuki.
3. Escorra a água do cozimento.
4. Coloque na panela ⅓  do feijão e todo açúcar. Misture bem e leve ao fogo alto.
5. Quando engrossar, junte o restante do feijão e misture para não grudar na panela.
6. Cozinhe até ficar bem pastoso, cerca de mais 4 minutos.
7. Antes de retirar do fogo, coloque o sal e espalhe a pasta sobre uma assadeira para esfriar (cobrindo-a com um pano úmido).
8. Divida a massa em 12 porções de 40 g de peso e reserve.


Massa

Ingredientes

  • 250 g de farinha de trigo
  • 25 g de açúcar
  • 5 g de sal
  • 25 g de manteiga sem sal
  • 1 gema
  • 60 ml de leite
  • 60 ml de água
  • ½ tablete de fermento fresco(5g) ou 3 g de fermento instantâneo para pão
  • Gergelim preto
  • 1 ovo batido para pincelar

Preparo

  1. Em bowl grande, coloque a gema, leite, água e açúcar para dissolver bem. Desmanche o fermento e misture.
  2. Coloque a metade de farinha e mistura com uma colher de pau. Acrescente o sal e misture mais um pouco. Junte o resto da farinha e continue amassando com a mão.
  3. Por último, acrescente a manteiga e coloque a massa sobre uma bancada para amassar e sovar até que a massa fique bem lisa.
  4. Deixe crescer até dobrar de volume, coberto com filme plástico (1 hora).
[dica] Até aqui pode ser feito com uma máquina de pão, como eu fiz.

  1. Divida a massa em porções de 40 g cada (no meu caso, deu pra fazer 12 bolinhas de 38 g). Deve render 12 bolinhas.
  2. Recheie com anko de mesmo peso (40 g) fechando bem cada bolinha. Deixe o fecho para baixo, coloque numa assadeira untada com margarina (eu uso tapete de teflon), achate um pouco e com um cabo de uma colher de pau ou o bastão do pilão faça um buraco no centro do anpan. Terminando todas as bolinhas, coloque no forno desligado – ou coberto com plástico bem maior que assadeira – para fermentar por 50 minutos.
  3. Comece a esquentar o forno, de modo que ao completar 50 minutos de fermentação da massa, o forno esteja na temperatura certa. (no meu forno elétrico demora 15 minutos)
  4. Quando a massa ficar bem crescida e aerada, cerca de 50 minutos depois, pincele com ovo batido e polvilhe gergelim no meio. Asse a 220ºC em forno pré-aquecido, por 10 minutos. (Assei no forno elétrico a 220ºC mas como estava dourando rápido em cima, depois de 5 minutos abaixei para 210ºC)

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Cupcake Sem Glúten, Sem Lactose???




Que nada! Isto aqui é Brevidade! Alguém conhece?
Nos meus últimos anos no Japão, trabalhei ao lado de uma dentista, a Cláudia, que sabendo da minha “naturalidade”, me perguntou se eu conhecia Brevidade. O namorado dela estava com saudade desse bolinho e ela tentou fazer algumas vezes...mas nunca era parecido com o que ele descrevia. O rapaz era de Sorocaba, então ela achou que eu poderia conhecer a receita, por ser da mesma região.
Eu conhecia, sim!  Quando era criança, minha tia Maria (mãe dos primos Daniel, Maria Cristina e Estevão) costumava fazer e eu adorava! Lembro-me que era um bolinho bem docinho, tinha uma casquinha crocante e era seco, seco! Mas era bom e eu nunca esqueci o sabor. Tanto que, depois de crescidinha, encontrei meu primo Daniel e implorei pela receita do bendito. E não é que ele me deu um papelzinho com a receita?


Muitos anos se passaram e recentemente reencontrei a receita manuscrita na casa da minha mãe.
Então, esta semana quando deu aquela vontade de bater um bolinho, pensei logo em Brevidade.
Fiz meia receita, com meus pitacos, para tentar diminuir um pouquinho só a “secura” e o “dulçor” acrescentando 1 colher de sopa de manteiga e diminuindo em 50 gramas a quantidade de açúcar.
Quem for fazer, colocar a massa só até a metade da forminha porque cresce que é uma beleza! Eu usei forminhas de papel forneáveis dentro de formas de alumínio para cupcakes.
Faça um copão de suco ou chá para acompanhar!


                     





sexta-feira, 27 de junho de 2014

Pipoca Com Provolone




Dia desses, ao escolher queijos no supermercado, me vi diante do provolone e isso me levou a um passado remoto, quando a Pipoca com Provolone fazia um enorme sucesso.
Adorava a Pipoca da USP, com cubinhos crocantes de provolone, o aroma era arrebatador e inesquecível.
Resolvi reproduzir essa pipoca em casa e pesquisando aqui e acolá, vi que na maioria das "receitas" é utilizado o sal (muito sal mesmo!) para desidratar o queijo antes de fritá-lo.
Não faça isso, a menos que goste de queijo beeem salgado. Como o queijo é gorduroso, fica difícil retirar todo o sal depois.
Então, desidratei na geladeira mesmo e passei no amido de milho antes de fritá-lo.
Fiz algumas vezes, neste mês de festas juninas e muitos jogos da Copa.
Você pode servir o queijo separadamente ou tudo junto com um toque de orégano.

Para o Queijo:
100 gramas de provolone em cubinhos pequenos (deixe a casca marrom)
2 colheres de amido de milho (ou Katakuriko, fécula de batata)

Para a Pipoca:
1 xícara de milho para pipoca Premium (uso sempre esta)
4 colheres de óleo
sal, pimenta do reino e ajinomoto a gosto

Corte o provolone em cubinhos e deixe num prato descoberto na geladeira por algumas horas (deixei o dia todo).
Depois, coloque num saquinho plástico, coloque o amido de milho e sacuda para envolver bem todos os cubinhos.
Numa panelinha, coloque meia xícara de óleo, espere esquentar bem, coloque alguns cubinhos de provolone e deixe até dourar.
Faça em várias levas para não grudar tudo!
Reserve.
Agora faça a pipoca, colocando o óleo e o milho numa panela grande. Ligue o fogo e deixe em fogo alto, tampando a panela.
Espere até estourar tudo. Retire da panela e coloque numa vasilha grande, polvilhe sal, pimenta e ajinomoto.
Acrescente o queijo frito e se quiser, salpique orégano.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Bolo de Cenoura com Pudim de Chocolate


Apesar de estar de dieta, de vez em quando faço um bolinho para agradar o maridão que não está de dieta e adora um doce! Ele ama bolo de cenoura mas é muito chato exigente pois prefere bolo baixinho em vez de fofinho e alto como eu acho que deve ser. Enfim, vendo tanta gente fazer este tipo de bolo-pudim, resolvi tentar também, cruzando os dedinhos para que o bolo de cenoura "suba" perfeitamente durante o processo e fique bem fofinho! No fim, deu tudo certo! O bolo ficou super fofo, o pudim ficou dos deuses!
A receita veio do blog Panela Minha

Preaqueça o forno a 180 graus (no meu forno foi a 205 graus)

Caramelize uma forma de pudim média (22 cm), com 1 xícara de açúcar (eu fiz com 1/2 xícara).

Pudim de Chocolate:

1 lata de leite condensado
A mesma medida de leite de vaca (1 lata)
3 ovos
5 colheres (sopa) de chocolate em pó (usei 2 colheres de cacau em pó e 3 de chocolate em pó)

Bater no liquidificador.
Despeje na forma caramelizada.

Bolo de Cenoura:

2 ovos
1 cenoura (sem casca tinha 140 gramas)
1/2 xícara de óleo
1 xícara de açúcar
1 xícara de farinha de trigo
1 e 1/2 colher (chá) de fermento em pó Royal

Modo de preparo:

(Este é o meu jeito de fazer)
Coloque os ovos e óleo no liquidificador.
Bata bem, acrescente o açúcar, bate mais um pouco.
Acrescente as cenouras picadas e bate de novo.
Numa bacia, junte a mistura do liquidificador, peneire a farinha e o fermento
e misture com um fouet. Depois, troque por uma espátula de silicone e
vá mexendo delicadamente.

Coloque sobre o pudim batido. *ele vai afundar, mas não tem problema*

Leve para assar, no forno preaquecido em banho-maria por 1 hora ou mais,
faça o teste do palito e desenforme depois de morno.



Para ver esta receita com PAP e outras receitas, vá até o blog Panela Minha:
http://www.panelaminha.com.br/?s=bolo+pudim+de+cenoura&x=7&y=11

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Bolo de Milho


Aproveitando a cesta de milhos recebida, fiz um bolo com pedacinhos de milho.
Para falar a verdade, eu não curto bolo de milho (nem mandioca) daquele tipo cremoso, quase um pudim. Prefiro assim, úmido, macio e com pedaços de milho.
Mesmo tendo usado 1 lata de leite condensado + meia xícara de açúcar, não ficou muito doce, não. E eu não coloquei açúcar por cima, depois de assado.
Cresceu super bem, mas como Sr. Eduardo gosta de bolo quente,  ficou meio achatado em cima porque desenformei assim que tirei do forno!

(Receita do Atelier Gourmet da Ana)

100 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1 lata de leite condensado
meia xícara (chá) de açúcar
4 ovos
5 espigas de milho médias cortadas
1 xícara (chá) e meia de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo:
Preaqueça o forno.
Unte e enfarinhe uma forma de buraco central de 24 cm.
Peneire a farinha e o fermento juntos.
Bata no liquidificador metade do milho com 2 ovos e metade do leite condensado. Junte o restante do milho e pulse (se preferir sem tantos pedacinhos de milho, bata bem). Reserve.
Bata a manteiga até formar um creme e vá juntando meia lata de leite condensado.
Junte 2 ovos, um a um, sem parar de bater e em velocidade alta.
Em seguida, junte dois ovos, um a um, velocidade alta, também sem parar de bater e por último o açúcar, em colheradas.
Diferente da receita original, aqui, eu desliguei a batedeira, coloquei o milho batido, acrescentei a farinha e fermento, misturando com uma espátula.
Leve ao forno médio (225°C), preaquecido, por cerca de 40 minutos ou até que esteja com a superfície levemente dourada e o interior assado. Faça o teste do palito. O meu ficou pronto em 35 minutos.



Se quiser ver esta e outras receitas com PAP, entra no Blog da Ana:
http://ateliergourmetdaana.blogspot.com.br/2013/02/bolo-de-milho.html

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Milho Cozido (e um trucão)


Ontem o marido chega em casa com a minha cestinha de compras (sim, eu colaboro com a preservação da natureza indo ao supermercado com a minha cestinha Aeon) cheinha de espigas de milho! Não, não comprou, ganhou de um cliente. Mas o milho estava um horror, "daqueeele" jeito, acabado de ser colhido, sujo e cheio de cabelos! Vendo aquele monte de espigas, já fui imaginado o trabalhão que ia ser limpar tudo.

Antes de tirar os cabelinhos
Quem me conhece sabe que, apesar de ter nascido no interior e viver atualmente no interior, tenho pavor de criaturinhas rastejantes, que eu temia encontrar nas espigas.
Mas adoro milho e morro de saudade do cheirinho de milho cozido daqueles de carrinhos que vendia nas ruas de Sampa (será que vende ainda?) e se quisesse comer, teria que dar um jeito naquilo. Arregacei as mangas, coloquei luvas de borracha, máscara (vai que pula em mim um desses bichinhos?) e munida de faca de serra, meu potto de 5 litros de água quente e escovinha para tirar o cabelo das danadas das espigas, lá fui eu para o trabalho hercúleo.
Uma parte teve o destino da panela com água quente, pois seria um pecado não experimentá-los purinhos com manteiga. Estou pensando no que fazer com o restante....aguardo sugestões!
Nos tempos de estudante, uma colega alemã me confidenciou o jeito de fazer milho cozido à moda da mãe dela. Lembrei disso hoje, ao jogar água quente para higienizar as espigas. A mãe dela cozinhava o milho com as palhinhas! Aqui vai:

•5 espigas de milho
•água o suficiente para cobrir as espigas

e para o milho ficar dos deuses, mais estes ingredientes:
•2 colheres de sopa de açúcar
•palhas do milho, as mais fininhas, muito bem lavadas.

Comece colocando as palhinhas dentro de uma panela grande, deite as espigas nessa caminha, junte a água e o açúcar e leve a panela tampada ao fogo alto. Depois que ferver, deixe mais 10 minutos e teste para ver se cozinhou, espetando com um garfo. Nada de deixar muito tempo no fogo. Se for usar a panela de pressão, diminua a água pela metade e após começar a "chiar", 5 minutinhos é suficiente!
E, se não for comer de imediato, não retire da água.
Eu adoro comer quentinho só com manteiga Aviação, mas cada um põe o que quer: sal, pimenta do reino, queijo ralado, manteiga com ervas...
Perceberam? Aquele milho delicioso e cheiroso do "homem do carrinho" você consegue adicionando o açúcar e cozinhando a palha junto!